Ora viva pessoas! (Robots, semi-deuses, vampiros, IA e afins são
igaulmente bem-vindos)
Bem-vindos à minha pequena cave, numa
galáxia far far away nos confins da
Net, onde vou partilhar as minhas pequenas obssessões,todos as temos, sendo que
as minhas abrangem a maioria dos aspectos do Fantástico. Filmes, jogos, livros,
comics, series, a traquitana toda!
É facto que existem por aí uma quantidade
bastante apreciável (enorme) de blogs do género quer internacionalmente, quer
mesmo a nível nacional onde a nossa comunidade cada vez maior se vai
expressando. Com certeza a grande maioria dos blogs será mais interessante que
o meu (não o meu é o melhor, só estou a jogar a carta da humildade) e mais
bonitos e com mais informações, mas!! O meu objectivo é apenas partilhar com o
mundo o que dá corda ao geek que há
em mim, em termos do Fantástico está claro não vamos entrar ao barulho com
processos biológicos e afins.
Portanto mais uma vez bem-vindos ao
GeekingOut!
E vamos já começar! Visto que acabei há
pouco o livro que estava a ler, e foi esse mesmo livro que me impulsionou para
a criação da minha pequena cave. Porque isto de se ser um chamado geek e não ter mais ninguém para se
partilhar o entusiasmo é aborrecido.
O culpado: Ready Player One – Ernest Cline
No distópico ano de 2044 o mundo
basicamente está à beira da ruína. Uma dúzia de guerras assolam o globo, a
crise energética profetizada décadas antes tornou-se bastante real, estados são
meras fachadas pois quem governa são mega corporações. A única coisa que
permite ao cidadão comum fugir do mundo lá fora é um jogo. Um jogo online de
realidade virtual, o OASIS.
Wade Watts é mais uma pessoa que para
fugir do mundo real mergulha nos muitos mundos virtuais do OASIS. Wade vive num
trailer stack que mais não é que um
arranha-céus precariamente construído de caravanas. Num dia como tantos outros,
o mundo de Wade e o de outros tantos usuários do OASIS muda radicalmente. O lendário programador do OASIS, James Haliday, deixa uma
última mensagem antes de morrer, a qual pode mudar o futuro de Wade e tirá-lo da precariedade dos stacks. Haliday escondeu dentro do jogo três chaves que abrem
três respectivas portas. O primeiro jogador a encontrar as chaves e abrir todas
as portas terá como recompensa nada mais nada menos que o controle de toda a
empresa de Haliday, e consequentemente do OASIS.
E se toda a ideia de uma caça ao tesouro
virtual não fosse suficiente, o que se destaca em Ready Player One são as
suas referências à cultura pop dos
anos ’80. Haliday havia sido um miúdo obcecado com os anos ’80 e todas as
pistas indicavam que para se ser bem-sucedido na caça ao seu Easter Egg (nome dado ao conteúdo bónus
escondido em videojogos) os caçadores teriam que ter um grande conhecimento da
cultura de então.
Desde jogos icónicos em máquinas de moedas
(quem não se lembra delas?!), a filmes clássicos como WarGames ou Blade Runner, a
Dungeons & Dragons e desenhos animados como G.I. Joe, as referências não param. Um autêntico hino à nostalgia
que vai apelar a todos os agora homens e mulheres que cresceram nessa década.
Ora eu que nasci nessa década mas sendo um ’90
kid apanhei a grande maioria das referências, aparte das mais obscuras ou
que não tiveram tanta voz deste lado do Atlântico, portanto penso que qualquer
pessoa pode apreciar o livro. A história está bem contada, com ritmo rápido de
descoberta em descoberta, e quando damos conta estamos completamente imersos no mundo
virtual de OASIS, na vida das personagens que acompanham Wade Watts na busca pelo Egg à medida que enfrentam uma mega
corporação que procura o domínio do OASIS para proveito próprio.
Mas o encanto de uns pode ser o
desencanto de outros, nem toda a gente poderá se interessar pela cultura pop daquela época, ou podem ser afastadas devido às referências
serem demasiado obscuras. O que a meu ver até poderia servir de incentivo para
se conhecer e esmiuçar o que de melhor se fez na altura, principalmente a nível
cinematográfico. O info dump pode
aborrecer algumas pessoas, não senti que fosse assim tão evidente mas há quem
se queixe. Outro pequeno senão, o livro não está editado na língua de Camões, sendo que só quem se sinta à vontade em ler inglês vai poder entrar no OASIS.
Em suma um livro que apela à nostalgia de todos que cresceram nos ’80 ou mesmo nos ’90, e que recomendo vivamente. No Goodreads atribuí uma pontuação de 5 estrelas. Este vale a pena gente.
Já agora a minha página no Goodreads é
esta: https://www.goodreads.com/user/show/4762435-rui-e
Boas leituras!
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