quinta-feira, 10 de outubro de 2013

GeekingOut

Ora viva pessoas! (Robots, semi-deuses, vampiros, IA e afins são igaulmente bem-vindos)
Bem-vindos à minha pequena cave, numa galáxia far far away nos confins da Net, onde vou partilhar as minhas pequenas obssessões,todos as temos, sendo que as minhas abrangem a maioria dos aspectos do Fantástico. Filmes, jogos, livros, comics, series, a traquitana toda!

É facto que existem por aí uma quantidade bastante apreciável (enorme) de blogs do género quer internacionalmente, quer mesmo a nível nacional onde a nossa comunidade cada vez maior se vai expressando. Com certeza a grande maioria dos blogs será mais interessante que o meu (não o meu é o melhor, só estou a jogar a carta da humildade) e mais bonitos e com mais informações, mas!! O meu objectivo é apenas partilhar com o mundo o que dá corda ao geek que há em mim, em termos do Fantástico está claro não vamos entrar ao barulho com processos biológicos e afins.

Portanto mais uma vez bem-vindos ao GeekingOut!

E vamos já começar! Visto que acabei há pouco o livro que estava a ler, e foi esse mesmo livro que me impulsionou para a criação da minha pequena cave. Porque isto de se ser um chamado geek e não ter mais ninguém para se partilhar o entusiasmo é aborrecido.

O culpado: Ready Player One – Ernest Cline 


No distópico ano de 2044 o mundo basicamente está à beira da ruína. Uma dúzia de guerras assolam o globo, a crise energética profetizada décadas antes tornou-se bastante real, estados são meras fachadas pois quem governa são mega corporações. A única coisa que permite ao cidadão comum fugir do mundo lá fora é um jogo. Um jogo online de realidade virtual, o OASIS.

Wade Watts é mais uma pessoa que para fugir do mundo real mergulha nos muitos mundos virtuais do OASIS. Wade vive num trailer stack que mais não é que um arranha-céus precariamente construído de caravanas. Num dia como tantos outros, o mundo de Wade e o de outros tantos usuários do OASIS muda radicalmente. O lendário programador do OASIS, James Haliday, deixa uma última mensagem antes de morrer, a qual pode mudar o futuro de Wade e tirá-lo da precariedade dos stacks. Haliday escondeu dentro do jogo três chaves que abrem três respectivas portas. O primeiro jogador a encontrar as chaves e abrir todas as portas terá como recompensa nada mais nada menos que o controle de toda a empresa de Haliday, e consequentemente do OASIS.

E se toda a ideia de uma caça ao tesouro virtual não fosse suficiente, o que se destaca em Ready Player One são as suas referências à cultura pop dos anos ’80. Haliday havia sido um miúdo obcecado com os anos ’80 e todas as pistas indicavam que para se ser bem-sucedido na caça ao seu Easter Egg (nome dado ao conteúdo bónus escondido em videojogos) os caçadores teriam que ter um grande conhecimento da cultura de então.
 Desde jogos icónicos em máquinas de moedas (quem não se lembra delas?!), a filmes clássicos como WarGames ou Blade Runner, a Dungeons & Dragons  e desenhos animados como G.I. Joe, as referências não param. Um autêntico hino à nostalgia que vai apelar a todos os agora homens e mulheres que cresceram nessa década. Ora eu que nasci nessa década mas sendo um ’90 kid apanhei a grande maioria das referências, aparte das mais obscuras ou que não tiveram tanta voz deste lado do Atlântico, portanto penso que qualquer pessoa pode apreciar o livro. A história está bem contada, com ritmo rápido de descoberta em descoberta, e quando damos conta estamos completamente imersos no mundo virtual de OASIS, na vida das personagens que acompanham Wade Watts na busca pelo Egg à medida que enfrentam uma mega corporação que procura o domínio do OASIS para proveito próprio.

 Mas o encanto de uns pode ser o desencanto de outros, nem toda a gente poderá se interessar pela cultura pop daquela época, ou podem ser afastadas devido às referências serem demasiado obscuras. O que a meu ver até poderia servir de incentivo para se conhecer e esmiuçar o que de melhor se fez na altura, principalmente a nível cinematográfico. O info dump pode aborrecer algumas pessoas, não senti que fosse assim tão evidente mas há quem se queixe. Outro pequeno senão, o livro não está editado na língua de Camões, sendo que só quem se sinta à vontade em ler inglês vai poder entrar no OASIS.

Em suma um livro que apela à nostalgia de todos que cresceram nos ’80 ou mesmo nos ’90, e que recomendo vivamente. No Goodreads atribuí uma pontuação de 5 estrelas. Este vale a pena gente.

Já agora a minha página no Goodreads é esta: https://www.goodreads.com/user/show/4762435-rui-e

Boas leituras!

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